Preocupa na Itália a segurança da rede ferroviária

O acidente ocorrido na véspera nas imediações da cidade de Milão com um saldo de três pessoas falecidas e dezenas feridas, colocou hoje aqui em primeiro plano o debate sobre a segurança da rede ferroviária italiana.


Prensa Latina


Roma - A tragédia que desatou a polêmica envolveu a um trem de passageiros da empresa Trenord que cobria a rota Cremona-Milão com umas 350 pessoas a bordo, quando na altura da estação da localidade de Pioltello o terceiro vagão descarrilhou do resto da composição e se precipitou contra vários mastros.

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No entanto, o descarrilhamento produziu-se 2,3 quilómetros antes pelo rompimento da junta de duas guias, segundo o diretor de produção territorial da rede ferroviária da região de Lombardía, Vicenzo Macello, ainda que advertiu que é prematuro precisar se essa foi a causa ou o efeito do acidente.

Portanto, o trem percorreu essa distância a uma velocidade de 140 quilómetros por hora, pelo qual várias testemunhas disseram sentir uma vibração extrema, como se rodassem sobre pedras e depois um estrondo.

A promotoria iniciou uma investigação com a hipótese de desastre ferroviário culposo para determinar os motivos e possíveis responsáveis, a qual começou com uma entrevista ao maquinista que ficou ileso.

O fato desencadeou de imediato um torrente de reações e preocupações sobre as condições em que viajam diariamente cinco milhões e meio de italianos nos trens regionais, para realizar o trajeto de ida e volta entre seus lugares de residência e os centros de trabalho.

Giuseppina Pirri, de 39 anos, Ida Milanessi, de 61 e Pierangela Tadini, de 51 foram as vítimas do acidente sobre o qual o premiê, Paolo Gentiloni, exigiu apurar responsabilidades, devido à necessidade de ser severos garantir a segurança dos viajantes.

O papa Francisco expressou seu pesar pelo sucedido e o ministro de Transporte e Infra-estrutura, disse que ainda que o sistema ferroviário italiano é um dos mais seguros do mundo, é necessário conhecer rapidamente a verdade do sucedido, 'porque é inaceitável morrer enquanto se vai trabalhar'.

Segundo o relatório de 2016 elaborado pela Agência Nacional para a Segurança Ferroviária, nesse ano ocorreram 87 acidentes, 11 menos que em 2015, para um 35 por cento a menos dos registados em 2005.


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